Publicado em 15-Dez-2016 às 19:26
Há recursos naturais que têm de ser aproveitados
O ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, não teve dúvidas ao afirmar que há potencial e há recursos naturais em Portugal que têm de ser aproveitados. “Os premiados de hoje são um exemplo e um estímulo para o desenvolvimento de ideias criativas e inovadoras que nos permitam aproveitar adequadamente as enormes potencialidades dos fantásticos recursos naturais de que a nossa agricultura dispõe”, sustentou o ministro. Luís Capoulas Santos falou dos incentivos que existem para estimular esta área da economia, nomeadamente o Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR 2020), com uma dotação de 30,4 milhões de euros que pretende envolver os grupos operacionais cujas iniciativas foram registadas na bolsa da rede rural nacional. Não dispondo de elementos sobre este processo de candidaturas, o ministro esclareceu que a existência de 218 iniciativas registadas na bolsa rural nacional, seleccionadas entre as 356 que foram apresentadas ao gabinete de planeamento do Ministério, faz antever uma boa adesão à medida e alimentar fundadas expectativas de que o sector prosseguirá numa “forte dinâmica de inovação”. Luís Capoulas Santos assumiu que os incentivos também são uma parte importante da equação que visa estimular esta área da economia em Portugal e destacou o PDR 2020.
O ministro avançou que o PDR 2020, o principal apoio ao sector, está agora a entrar em fase cruzeiro com um ritmo de aprovações a atingir as 1.300 candidaturas por mês. Nos últimos 10 meses foram analisados e decididos cerca de 23 dos 30 mil projectos entrados, correspondendo os projectos já aprovados a quase 800 milhões de euros de investimento, nos quais se incluem 445 milhões de apoios nacionais e comunitários.
Luís Capoulas Santos assumiu que Portugal dispõe de um enquadramento financeiro e institucional muito favorável ao desenvolvimento do trabalho de investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação, que faz crescer o nível de exigência neste domínio. Mas, segundo ele, é nas empresas que terá de residir o passo decisivo para que a inovação se transforme em vantagens económicas e sociais atractivas, pois só através delas o conhecimento se pode transformar em inovação de produtos e serviços, como foi hoje aqui demonstrado. “A nossa prioridade de actuação tem-se focado na melhoria da eficiência dos apoios ao investimento na modernização das empresas agrícolas e das agro-indústrias, conferindo-lhes melhores condições de trabalho e de produção”, referiu Luís Capoulas Santos.
O membro do Executivo considerou que a economia nacional do sector agrícola, agro-alimentar e florestal e o mundo rural precisam deste trabalho de apoio, sendo necessário valorizar os recursos e saberes endógenos e saber transformar as nossas vantagens competitivas naturais em vantagens reais para a nossa economia e sociedade. “É necessário investir na obtenção das respostas tecnológicas capazes sem colocar em causa as escalas e especificidades próprias da nossa realidade produtiva, a genuinidade e o valor intrínseco das nossas produções, conferindo às nossas empresas e sistemas de produção maior viabilidade económica”, recomendou o ministro. Trata-se de colocar o conhecimento e a inovação ao serviço das comunidades. “Antecipar o futuro é um desafio fundamental só possível com uma forte componente de inovação”. No dia em que o Crédito Agrícola premeia a inovação nos sectores da agricultura, agro-indústria, floresta e mar e encerra mais um ciclo de seminários, Luís Capoulas Santos sublinhou o contributo meritório do Crédito Agrícola para a concretização do objectivo nacional que é a aposta na inovação.