Premiamos quem faz o mundo avançar

Publicado em 19-Dez-2017 às 14:06

Quem são os seis premiados?

De Norte a Sul do país, em colaboração ou por iniciativa individual, foram dados a conhecer os projectos de inovação nos sectores agrícola, agro-industrial e florestal em Portugal que este ano estiveram em evidência no palco do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola.

A 4.ª edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola volta a dar fôlego ao empreendedorismo e à inovação nos sectores agrícola, agro-industrial e florestal em Portugal. As categorias Cereais, Floresta, Hortofruticultura, Produção Animal, Inovação em Colaboração e Associado do Crédito Agrícola foram as destacadas com seis prémios de 5.000 euros cada.

No período entre o dia 24 de Março e o dia 1 de Setembro de 2017, o Crédito Agrícola e a INOVISA receberam as candidaturas de entidades e projectos de carácter inovador, que procuram valorizar o sector através da inovação, mas que necessitam de apoios para conseguir concretizar esta inovação e implementar os seus projectos no terreno. No total, foram recepcionadas mais de 80 candidaturas. Os vencedores desta 4.ª edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola foram a MATTER, a ADAI, a BIOVIVOS, a SCROFATECH, a GREENTASTE e a LUSARROZ. O grau de inovação, o carácter distintivo e as potenciais vantagens comparativas relativamente à concorrência, actual ou emergente, em termos nacionais e/ou internacionais, a adequação da solução proposta ao problema que se pretende resolver, o potencial de mercado, a sustentabilidade em termos económicos, sociais e ambientais, foram os critérios que levaram estes seis projectos à vitória.

 

O que fazem de tão inovador estes empreendedores?

A actuar na fileira dos cereais, a MATTER está focada na reutilização de resíduos de produção para a criação de materiais sustentáveis, que podem substituir a fibra de madeira na composição dos aglomerados.

O projecto apresentado visa transformar resíduos orgânicos, resultantes de processos agro-industriais como a produção de cerveja, em materiais ecológicos que podem ser utilizados para revestimentos, mobiliário e outros produtos.

Na área da floresta, a ADAI – Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial apresentou a proposta de desenvolver e implementar ferramentas para a protecção activa contra incêndios em zonas rurais e na interface urbano-florestal.

Envolvida no Wildfire Protect, a ADAI está apostada em proteger pessoas, bens, rotas de fuga ou pontos estratégicos de combate ao fogo, pelo que as barreiras podem estar permanentemente montadas ou ser erguidas apenas após a detecção do fogo, de forma manual ou completamente automatizada. Para concretizar os seus intentos, a ADAI desenvolveu ferramentas como telas ignífugas e sistemas de supressão do fogo, utilizadas para o estabelecimento de um perímetro de defesa e barreira à progressão do fogo.

Por sua vez, a BIOVIVOS mostrou como se pode elevar a frescura de um vegetal na cadeia alimentar. Para dinamizar a área da hortofruticultura, a Biovivos aposta na produção e comercialização de três variedades de plantas comestíveis – ervilha, girassol e erva de trigo -, que segundo os empreendedores são vendidas vivas e altamente nutritivas, já que preservam a qualidade dos nutrientes até ao momento de consumo. Produzidas em microestufas urbanas com painéis solares e baixo consumo de água, estas plantas são biológicas e sustentáveis.

 

      Ligação dos projectos ao mundo real privilegiada

      O desenvolvimento de soluções tecnologicamente inovadoras para apoio à gestão de explorações de suinicultura é o “core business” da SCROFATECH. Esta empresa destaca-se na fileira da produção animal com soluções como o Scrofa Partum e o Scrofa Pinge, que são sistemas de controlo de processos produtivos nesta área e utilizados para previsão e monitorização de partos, para o controlo do ciclo reprodutor suíno e para monitorização do peso dos animais.

      A união é a força do projecto GREENTASTE uma vez que reúne em parceria várias entidades: CCTI – Centro de Competências do Tomate de Indústria, Espiral Pixel, Frutomaior, INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, ISA/UL – Instituto Superior de Agronomia, ITALAGRO, Memória Silvestre, Sociedade Agrícola Ortigão Costa, Sociedade Agrícola Vale da Adega, Soluzer e Tomaterra. Trata-se de um projecto para desenvolvimento de preparados alimentares à base de tomate verde que não é colhido (tomate de indústria não amadurecido). Estes preparados podem ser utilizados na criação industrial de novos molhos e temperos.

      Por fim, a LUSARROZ colocou também em evidência a cooperação entre entidades, mais concretamente a que a une a organizações como o COTArroz, a BENAGRO, o INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e a APARROZ. O objectivo deste projecto é, com base nas condições edafoclimáticas do país, obter variedades portuguesas de arroz, limitando a necessidade de importação de sementes e permitindo aos agricultores reduzir custos de produção.