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Publicado em 17-Dez-2019 às 12:19

Rede Rural Nacional fomenta transferência de know-how

A Rede Rural Nacional (RRN) surge por designação de um regulamento comunitário que apoia a Política Agrícola Comum e que indica a todos os Estados-membros a necessidade de criação de uma rede que junte os vários agentes do território nacional – agricultores, associações de agricultores, universidades, escolas, ONG, organismos públicos nacionais, regionais etc. – para trabalharem em conjunto no sentido do desenvolvimento rural.
Em entrevista, Custódia Correia, coordenadora nacional da RRN, explica que “em cada Estado-membro há, pelo menos, uma rede rural nacional”, sendo que a portuguesa abrange Portugal continental e as regiões autónomas. O objetivo passa por “criar redes de ligação” pelo que, sempre que se pretende debater um determinado tema, “nós identificamos quem trabalha nessas áreas e tentamos estabelecer as pontes de ligação para fazer esse trabalho”, refere Custódia Correia.

A RRN permite ainda dar a conhecer no terreno, aos agricultores, o que está a ser feto em matéria de investigação e inovação nas suas áreas. “Essa transferência de know-how é determinante”, refere a mesma responsável.
A RRN está a funcionar em pleno desde 2010 “e os últimos anos têm sido extraordinários porque fomos ganhando a confiança do setor, degrau a degrau”.

Neste caminho em conjunto os agentes do setor “têm vindo a colaborar bastante e, atualmente, já consideram natural trabalhar connosco e trabalhar em parceria entre pares”, no âmbito de valências que se complementam.
Ao nível da Inovação, a RRN tem trabalhado com os Grupos Operacionais apoiados pelo Programas de Desenvolvimento Rural (Continente, Açores e Madeira) e os Centros de Competências. Estes surgiram no âmbito da Estratégia de Inovação e Investigação (2014-2020) do Ministério da Agricultura. Reúnem as entidades públicas e privadas de determinada fileira, setor ou tema, estabelecem um protocolo de colaboração e uma agenda de inovação e de investigação”. Atualmente já existem 21 Centros de Competências reconhecidos pelo Ministério da Agricultura.

Custódia Correia considera que “há ainda muita terra por desbravar”, mas não deixa de sublinhar que “este é um setor completamente inovador” e quem conhece a agricultura percebe que a diferença tem sido extraordinária: “Atualmente temos agricultores inovadores que percebem perfeitamente o seu papel no território e no ambiente.”