Publicado em 11-Abr-2016 às 07:55
Três anos a fomentar inovação
Maternidades de ostras ou rações à base de insectos alimentados com resíduos agro-industriais são ideias talvez mais arrojadas do que aproveitar restos de fruta para fazer tisanas ou criar um equipamento portátil capaz de analisar 20 amostras de vinho por hora. Mas todos estes projectos têm algo em comum: foram distinguidos pelo Crédito Agrícola, na edição de 2015 do Prémio Empreendedorismo e Inovação.
Ano após ano, a qualidade dos projectos apresentados a concurso tem surpreendido. Em parceria com a INOVISA – a estrutura criada pelo Instituto Superior de Agronomia para apoiar docentes, investigadores e alunos a criarem o seu projecto empresarial – o Crédito Agrícola tem respondido à inovação surgida com um aumento no âmbito das candidaturas e do valor dos prémios.
Contas feitas aos cheques, na primeira edição, o valor total dos prémios foi de 25 mil euros. Subiu, no ano seguinte, para 32,5 mil euros e chegará aos 40 mil este ano. Além, claro está, das linhas de crédito a que os projectos distinguidos podem aceder.
Mais do que os 5 mil euros para cada projecto vencedor e dos 2.500 para cada menção honrosa, o interesse crescente do Prémio Empreendedorismo e Inovação levou o Crédito Agrícola a aumentar o número de categorias e a abranger a fileira do mar, desde a edição do ano passado.
Edições
Uma generosa colheita de candidaturas marcou a primeira edição do Prémio Empreendedorismo e Inovação Crédito Agrícola, em 2014: apresentaram-se 133, doze das quais foram seleccionadas como finalistas.
Com uma revisão das categorias existentes, como seja a criação da de “Jovem Empresário Rural”, a edição de 2015 alargou também a sua abrangência à fileira do mar, além das da agricultura, agro-indústria e floresta.
Candidataram-se então 102 projectos, divididos pelos sectores agrícolas (56%), agro-industrial (37%), da conservação ambiental (22%), pecuário (11%) e silvícola (7%). Os restantes 12% das candidaturas enquadraram-se noutras áreas de actuação ao nível do sector primário.
Para a escolha dos vencedores, o júri levou a cabo um processo de selecção envolvendo critérios como o grau de inovação (com uma ponderação de 30%), relevância (ponderação de 20%), impacto e potencial de mercado (30%) e sustentabilidade (20%).
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Seminários
Os ciclos de seminários que o Crédito Agrícola organizou nos dois últimos anos, estiveram destinados a empresários, agricultores, produtores e entidades do sector, e percorreram Portugal de lés a lés. Em 2014, além de debaterem as oportunidades futuras relativamente à inovação, os encontros serviram também para a apresentação das medidas previstas no 8.º Quadro Comunitário de Apoio.
Já no ano passado, o tema central do ciclo de seminários foi o empreendedorismo. Pretendeu-se apoiar os agentes dos sectores agrícola, agro-industrial, florestal e do mar, tendo em vista a criação de novas empresas e de novos negócios.
Nove localidades acolheram os seminários do Crédito Agrícola, na primeira edição: Alcobaça, Seia, Vila do Conde, Ponta Delgada, Vila Real, Albufeira, Santiago do Cacém e ainda Maia e Lisboa, onde decorreram os encontros de âmbito nacional.
Em 2015, o périplo prosseguiu. Viana do Castelo, Évora, Faro e Figueira da Foz acolheram os seminários de âmbito regional, o Porto recebeu o encontro inicial de um ciclo que encerrou no final do ano, em Lisboa, com a entrega dos prémios aos projectos vencedores do Prémio Crédito Agrícola Empreendedorismo e Inovação na agricultura, agro-indústria, floresta e mar.